Reitoria da UeVA tenta dar GOLPE político estudantes
Nós do Movimento Construção Coletiva, movimento organizado por Coletivos Nacionais do movimento estudantil, por Centros Acadêmicos da UeVA, Executivas de Curso Nacionais e por diversos estudantes independentes viemos através deste denunciar para todos os brasileiros o GOLPE político que a reitoria da UeVA, através do reitor Antonio Colaço de Martins e do CONSUNI (Conselho Universitário) vem tentando aplicar em estudantes, professores e funcionários da universidade.
O GOLPE começou a ser dado em 1993 quando a UeVA foi transformada em Fundação pública de Direito Privado (a única no Ceará) e pode fechar acordos com institutos privados, transformando nossa universidade em um balcão de negócios onde a mercadoria principal é a venda de diplomas para um grupo que enriquece às custas da qualidade de ensino da UeVA. Para manter este sistema o segundo ponto do GOLPE foi dado em 2005 no governo Lúcio Alcântaras quando o estatuto da UeVA foi modificado e a escolha para reitor passou a ser feita em uma sala fechada, onde são excluídos os estudantes e professores numa eleição que lembra as dos militares da época da Ditadura. Porém este ano a reitoria que gere a UeVA foi longe demais.
Para manter este domínio sobre a UeVA a reitoria vem puxando as eleições para reitor da maneira mais autoritária possível. O reitor Antonio Colaço de Martins, através do CONSUNI, iniciou o processo de sucessão em pleno período de férias para impedir que professores e estudantes pudessem participar das eleições.
Para piorar a situação a eleição foi marcada para o dia 15 de fevereiro, sexta-feira pós-carnaval, para se aproveitar do esvaziamento da universidade. Porém nós do movimento estudantil fizemos manifestações durante toda a semana e organizamos duas Aulas de Democracia similares às dos estudantes da USP em 2011. A reitoria assustada com a força dos estudantes e com a nossa vontade de eleger o reitor através de eleições diretas com professores, estudantes e funcionário como acontece nas universidades democráticas que existem pelo Brasil baixou um decreto FECHANDO a UeVA na quinta-feira (14/02) e na sexta-feirar (15/02), dia da eleição.
Esta atitude da reitoria caracteriza claramente um GOLPE político em nome de interesses particulares. Nós estudantes não estamos dispostos a aceitar que a UeVA, universidade pública e referencia na formação de profissionais em nossa região, seja marcada pelo autoritarismo e pela falta de democracia. Nós exigimos que sejam abertos imediatamente o processo de reforma do estatuto e que nossa universidade tenha eleições para reitor.
Para tanto continuaremos mobilizados e iremos fazer uma manifestação no dia das eleições, sexta-feira (15/02) nas portas da universidade para lutarmos por democracia na UeVA e por uma educação de qualidade.
CA de Física
CA de Ciências Sociais
CA de Geografia
Coletivo Juntos
Coletivo Rompendo Amarras
Fonte: Sobral de Prima
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