COMUNICAÇÃO É TROCA DE EMOÇÃO - Milton Santos

segunda-feira, 30 de maio de 2011

DIA DO GEÓGRAFO

Geógrafo é o profissional que estuda a sociedade humana em sua relação com o espaço natural. 29 de maio é o Dia do Geógrafo. No Brasil, a profissão foi regulamentada por lei nos anos 1970. Porém, a geografia é considerada uma das mais antigas disciplinas acadêmicas da história da humanidade. Os estudos geográficos remontam à Grécia antiga.

Devido à sua expansão comercial na região do mediterrâneo, os gregos precisavam conhecer bem o ambiente físico que percorriam, bem como os fenômenos naturais com que tinham de se defrontar. Esse conhecimento, certamente, teve origem mitológica, mas ganhou seus alicerces racionais com o desenvolvimento da filosofia.

Como em diversas áreas da ciência, o nome de Aristóteles inscreve-se entre o dos pioneiros da geografia. No entanto, foi Estrabão (cerca de 63 a.C.-24 d.C.) quem registrou de maneira mais extensa o conhecimento geográfico da Antiguidade clássica, descrevendo locais e povos que conheceu em suas viagens.

Em "Geografia" (ou "Geográfica"), uma obra monumental em 17 volumes, ele apresenta um amplo panorama do mundo conhecido em sua época, da península Ibérica à Índia, do mar Negro, no sudeste da Europa, à Etiópia. Outra obra de mesmo nome que também se tornou uma referência dos estudos geográficos foi a "Geografia", de Claudius Ptolomeu (90-168 d.C.), um tratado em oito volumes, com uma coleção de 27 mapas.

No Ocidente, os estudos geográficos ganharam novo impulso com as Grandes Navegações, no séculos 15 e 16. A necessidade de expansão comercial, que resultou no descobrimento da América e do Brasil, e a concorrência entre navegantes espanhóis e portugueses tornavam fundamental o conhecimento organizado do espaço. Desenvolveu-se, como nunca antes, a cartografia, isto é, a ciência da elaboração de mapas.


Disciplina científica

Atualmente, a geografia já está consolidada como uma disciplina científica, que tem um objeto de estudo determinado, que se subdivide em áreas específicas e que conta com a colaboração de outras disciplinas para o seu desenvolvimento, entre quais destaca-se a estatística.

De acordo com a compreensão contemporânea, a geografia é a ciência que estuda como as sociedades humanas organizam o espaço de acordo com seus interesses em determinado momento histórico, em especial o tempo presente. Enquanto estudo espacial do meio ambiente, divide-se essencialmente emgeografia física e geografia humana.

Ao contrário do que muita gente pensa, a atuação profissional do geógrafo não está limitada ao magistério. Ele também pode atuar junto a empresas e órgãos de governo em equipes de apoio à gestão territorial e ambiental, por compreender bem os reflexos das ações humanas sobre o meio físico.

Na verdade, num momento em que os problemas ambientais e ecológicos ganham extrema importância por estarem diretamente relacionados à questão da sobrevivência da espécie humana, os geógrafos têm uma contribuição essencial a dar no que se refere, especialmente, à elaboração de propostas na área do desenvolvimento sustentável.

Entre os órgãos governamentais brasileiros relacionados aos estudos geográficos é uma referência obrigatória o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se de uma fundação pública da administração federalcriada em 1934 (o nome atual data de 1938).

O IBGE tem várias atribuições ligadas às geociências e estatísticas sociais, demográficas e econômicas. Incluem-se entre elas a realização de censos e a organização das informações por eles obtidas, de modo a suprir órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal, bem como outras instituições e o público em geral.


fonte: uol

Continue lendo >>

29 MAIO - DIA DO GEÓGRAFO

Continue lendo >>

sábado, 21 de maio de 2011


Continue lendo >>

quinta-feira, 19 de maio de 2011

MPF aciona UVA por oferecimento irregular de cursos superiores na Paraíba


O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública com pedido de liminar contra a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), a Universidade Aberta Vida Sociedade Simples Ltda (Unavida), o estado da Paraíba e 16 municípios do Estado.

Na ação, o MPF argumenta que a UVA não está autorizada formalmente pela Paraíba para ministrar cursos superiores neste estado, já que a UVA é uma autarquia mantida pelo Ceará. No entanto, em meados de 2000, a UVA passou a ministrar cursos superiores na Paraíba, mesmo inexistindo convênio que autorizasse esa atuação, conforme confirmado pela Secretária de Educação.

Na ação, aponta o MPF que a UVA, mesmo sendo instituição pública, cobra matrículas e mensalidades de seus alunos desde sua instalação na Paraíba.

Destaca-se também que o reitor da UVA, Antonio Colaço Martins, é proprietário da Unavida, "o que deixa claro o interesse financeiro privado através do uso do nome de universidade pública", explica nota emitida pelo MPF. A Ação Civil Pública foi assinada pelo procurador da República Kleber Martins de Araújo e ajuizada no dia 5 de abril de 2011.

Parceria com a Unavida

Além de não ter autorização formal para ministrar cursos superiores na Paraíba, a UVA firmou, em 1º de fevereiro de 2002, 'parceria' com a Unavida, uma universidade privada que sequer é reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), com a intenção de fazer com que os estudantes formados pela Unavida passassem a ter seus diplomas expedidos pela UVA, pois, se os diplomas fossem expedidos apenas pela Unavida, não teriam qualquer validade.

No estado do Ceará, a UVA também serviu como incubadora da Fundação Universitária do Sertão Central (Unicentro), o que fez com que o MPF ajuizasse a Ação Civil Pública julgada procedente pela 8ª Vara da Justiça Federal no Ceará. Há também registros de atividades irregulares da UVA nos estados de Sergipe, Pernambuco e Goiás.

Entre os pedidos feitos pelo MPF: que a Justiça Federal conceda liminar para determinar que a UVA se abstenha de ministrar cursos superiores na Paraíba, até que haja autorização expressa do estado da Paraíba, através de convênio, sob pena de multa diária para o reitor no valor de R$ 5 mil.

Requer-se, ainda, que a UVA e Unavida sejam condenadas solidariamente a ressarcir, nos termos do Código de Defesa do Consumidor, todas as despesas ocasionadas aos seus alunos. 

Redação O POVO Online

Continue lendo >>

domingo, 1 de maio de 2011

Celebrar 1º de Maio hoje significa lutar pela retomada da organização autônoma dos trabalhadores

ESCRITO POR WALDEMAR ROSSI   
27-ABR-2011

Com o início da industrialização, lá por volta de 1775, com a criação da máquina a vapor, surgem duas classes sociais distintas: o Empresariado Industrial e a Classe Operária.

Aproveitando-se da forte migração campo-cidade da época em busca de trabalho assalariado, os empresários passaram a exigir dos seus empregados jornadas longas, que chegavam a 16 e até 18 horas diárias. Os descansos dos fins de semanas eram raros. Os salários baixos, o que levava a que muitas donas de casa fossem para as fábricas, assim como crianças, visando a melhora do rendimento para o lar.

A jornada prolongada fazia com que muitos adoecessem, sofressem acidentes graves e provocou muitas mortes. Foi daí que começaram as reações dos operários (os que operam as máquinas). As reações iniciais foram individuais, isoladas, o que permitiu a repressão patronal. Essas derrotas individuais forçaram o aprendizado de que era necessário organizar a luta coletiva. Encontros internacionais de trabalhadores decidiram organizar movimentos pela redução da jornada em todos os países industrializados: oito horas de trabalho, oito horas de descanso e oito horas para convívio familiar, atividades sociais e culturais.

No dia 1º de Maio de 1886, nos Estados Unidos, grande greve paralisou mais de um milhão de operários. Mais de 100 mil pararam a cidade de Chicago. Ali houve forte repressão policial, com gente ferida e mortes. Quatro dias depois uma greve ainda maior, nova repressão, outras mortes e a prisão de oito dirigentes daquela manifestação. Num julgamento a "toque de caixa" e com "cartas marcadas", os jurados decidiram pela condenação dos oito como os responsáveis pelos acontecimentos. Dois foram condenados à prisão perpétua e um a 15 anos de prisão (Miguel Schwab, Oscar Neeb e Samuel Fielden). Os outros cinco foram condenados à morte pela forca em praça pública: August Spies, Albert Parsons, Adolph Fischer, George Engel e Luiz Lingg - este último preferiu o suicídio na cela.

As lutas se intensificaram em todos os países e, aos poucos, as oito horas foram sendo conquistadas, assim como condições específicas para o trabalho das mulheres e menores e tantos outros benefícios.

Passados 125 anos, o Capital desfecha novos golpes contra a classe trabalhadora em todo o mundo capitalista, roubando direitos conquistados com muita luta e muito sangue derramado. No Brasil não é diferente. Os empresários querem o fim da jornada de 44 horas.

Na prática, obrigam seus trabalhadores a jornadas mais longas, superiores até a 10 horas, inclusive aos sábados, domingos e feriados. Exigem reformas da Previdência para que os trabalhadores se aposentem após 65 anos (mulheres aos 60) de idade, e um mínimo de 35 anos de contribuição. Com a rotatividade no emprego, o desemprego e os trabalhos precários, poucos chegarão à aposentadoria: morrerão trabalhando. Querem o fim do 13º salário, diminuição das férias, eliminação da licença gestação/maternidade e a livre negociação por empresas para facilitar o achatamento dos salários e quebrar de vez o papel representativo dos sindicatos.

Quantos outros direitos já não vêm sendo surrupiados aos trabalhadores, disfarçadamente? Um exemplo: a contratação para trabalhar sem registro por experiência ou temporariamente.

Nossas esperanças foram depositadas na formação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em 1983. O momento político da época e o avanço da consciência da classe trabalhadora foram determinantes para esse novo passo do conjunto do movimento sindical.

Entretanto, o empresariado não estava dormindo. Buscou novos aliados e provocou o racha no movimento dos trabalhadores. Da união do peleguismo comandado por Joaquinzão com a direção do então PCB, do PC do B e do MR-8, nasce a divisionista CGT para combater as greves por categorias profissionais ou mesmo gerais, como vinha acontecendo. Era o esforço para dividir a classe operária, colocando-a a serviço dos interesses patronais.

Contrariados com os fracos resultados dessa divisão, os homens do capital patrocinaram a formação de mais uma central: A Força Sindical (ou Farsa sindical?). O "sindicalismo de resultados", troca dos dedos por alguns anéis, levou à capitulação progressiva da direção cutista. Já nos anos 90 percebia-se que a direção da CUT não estava mais interessada em defender os interesses dos trabalhadores. Sua meta era outra: levar Lula à presidência da República, a qualquer preço. E esse preço incluía a passividade do movimento sindical.

Hoje, estamos assistindo à mais vergonhosa capitulação das centrais sindicais tradicionais aos interesses do capital nacional e internacional. Sobretudo a CUT e a Força Sindical - verdadeiras inimigas entre si nos anos 90 -, tornaram-se cúmplices da entrega dos nossos direitos ao capital e se unem para abafar a consciência e a memória histórica dos trabalhadores. Em São Paulo, estão unidas na promoção do show no dia 1º de maio, a Força, a UGT, CGTB, CTB (esta correia de transmissão do PC do B) e Nova Central. Show financiado por empresas estatais (Petrobras, Caixa, Eletrobrás) e muitas empresas particulares (Brahma, Carrefour, Casas Bahia, Pão de Açúcar, BMG, Banco Itaú, Bradesco*), que financiarão também 20 carros a serem sorteados durante o show.

O que é, então, celebrar o 1º de Maio, hoje, 125 anos depois dos acontecimentos de Chicago? É retomar a organização autônoma dos trabalhadores, a começar pelos locais de trabalho (fábricas, comércio, hospitais, escolas, unidades públicas e também nas comunidades), para reforçar os sindicatos que continuam comprometidos com os trabalhadores; é fazer novas experiências de organização e de lutas visando a construção de um outro instrumento de lutas, que não repita os desvios ideológicos como vem acontecendo nos últimos 20 anos; é entrar nas lutas em defesa dos nossos direitos, pelas 40 horas semanais, contra as reformas que visam eliminar direitos conquistados e que estão circulando no Congresso Nacional, entre tantas outras importantes.

Participe dos atos em memória dos nossos mártires! É urgente somar forças com os setores do movimento sindical e popular que ainda resistem aos ataques do capital e renovar o compromisso de lutar em defesa dos nossos direitos.


Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo

Continue lendo >>

  ©2010 .::CAGEO - UEVA::. Centro Acadêmico de Geografia by Diógenes Catunda == Template Blogger Writer II by Dicas Blogger.

SUBIR