COMUNICAÇÃO É TROCA DE EMOÇÃO - Milton Santos

sexta-feira, 28 de maio de 2010

ESTUDANTES DE GEOGRAFIA DA UEVA APRESENTARAO TRABALHOS NO ENG 2010

ESTUDANTES DO CURSO DE GEOGRAFIA DA UEVA IRÃO APRESENTAR TRABALHOS XVI ENG, EM PORTO ALEGRE.


O Encontro Nacional de Geógrafos – ENG, realizado a cada dois anos, tem se constituído como o principal evento da Geografia brasileira. Próximo de sua décima sexta edição, o ENG, além de congregar o maior número de participantes em torno das questões da Geografia, também é um momento de avaliação, debate e encaminhamentos do pensar e do fazer Geografia, em diálogo profundo com a Universidade, Entidades de Pesquisa e de Representação, e Movimentos Sociais. É o evento de maior participação da comunidade geográfica brasileira, produzindo-se como espaço de intensa reflexão em torno das questões que tangem a Geografia, em especial em relação às principais problemáticas que envolvem a produção do espaço brasileiro. Da mesma forma, é o momento em que a Geografia, em diálogo também com outras áreas do saber, se mostra e se reflete em um conjunto de atividades das quais se destacam os Espaços de Diálogos e Práticas, onde são apresentados e discutidos aproximadamente três mil trabalhos acadêmicos e relatos de experiências, que envolvam o pensamento e a prática em Geografia.

A finalidade principal do Encontro Nacional de Geógrafos é congregar a comunidade geográfica brasileira, envolvendo-a em um conjunto de atividades e discussões que possibilitem avaliar, discutir e encaminhar questões pertinentes à ação e ao pensamento geográfico no Brasil. Seus principais objetivos são constituir-se como espaço de reunião da Geografia brasileira (professores, pesquisadores, alunos e sociedade em geral) em intenso debate sobre práticas e concepções geográficas, e ser um momento de profunda troca de experiências e saberes, contribuindo para o avanço da Geografia tanto na universidade como em toda a sociedade.

A proposta do tema é fomentar a discussão da CRISE, porém não somente discutir a crise pela crise, mas sim fazer com que nós GEÓGRAFOS pensemos em alternativas para tentar superar o nosso atual momento.

Sabemos que as crises são inerentes ao sistema capitalista, uma vez que necessita delas para poder se reinventar. Mas será que o capitalismo sempre terá essa capacidade de reinvenção?

O que vemos hoje é uma sociedade paralisada e atônita, que tomou como natural a pobreza, o analfabetismo, a indigência, o agronegócio, a monocultura, a falta de terra, a falta de moradia, a falta de comida, a falta de ar puro, a falta de trabalho. Dentro deste contexto que não é só mundial, mas é também regional e local, propomos que a geografia sirva de instrumento para balizar esta discussão.

A crise evidencia a possibilidade de reordenar a lógica da produção em todas as suas vertentes. Apresenta-se como pretexto para a resolução de problemas e aprimoramento dos esquemas de funcionamento da realidade econômica e social. Na essência, entretanto, essas crises podem revelar outros níveis de contradição que sustentam iniciativas de mudança e legitimam possibilidades concretas de organização e embate. Esse caráter transformador, possível a partir da análise sobre a crise, alimenta o sonho de uma sociedade mais justa e nutre as ciências humanas de uma crítica social mais contundente e radical, necessária para efetivos processos de insurreição.

Nesta dimensão é que remetemos à PRÁXIS do geógrafo, à sua formação e experiência. Com quais termos temos compreendido os limites da ação? Como elaboramos o político em nossa experiência e formação. Dentre as inúmeras inserções dos(as) geógrafos(as), pensamos poder afirmar que a imensa capilaridade põe contatos com demandas teóricas, políticas, institucionais, etc., as quais exigem posturas e posições cada vez mais incisivas em relação ao produto social. Refletir sobre tais aproximações requer posicionamentos sobre a qualidade das inserções. Em que medida as posições construídas se pautam em relações autônomas, antagônicas, agônicas ou multiplamente determinadas?

Entendemos que a AUTONOMIA é uma dimensão latente nas diferentes escalas de atuação dos(as) geógrafos(as) e nas diferentes concepções sobre o conhecimento geográfico. O caráter epistêmico e político da autonomia é o que nos permite antever uma abertura efetiva ao diálogo e à participação durante o Encontro, já que não se trata de uma visão específica ou “una” do que vem a ser a autonomia, mas a própria autonomia como tema permite essa multiplicidade e diversidade de opiniões e posicionamentos.

Em julho de 2010, estaremos há poucos meses das eleições presidenciais, e em tese, se encerra um ciclo de mudanças sociais, econômicas, políticas, e por conseguinte, espaciais, que precisam ser avaliadas, de forma a preparar, desde o campo do pensar até a ação efetiva, a comunidade geográfica e a sociedade brasileira para o presente/futuro. Como fica, ou ficou a questão da reforma agrária e sua dimensão espacial? O mesmo para demais questões, como: os movimentos sociais, a educação e o ensino de Geografia; as questões urbanas; as questões ambientais; as políticas energéticas, econômicas; o mundo do trabalho, o bloqueio à demarcação das terras quilombolas e indígenas, como exemplo a ameaça a sobrevivência do povo guarani-kaiowá em Mato Grosso do Sul, cujos índices de violência são os mais altos entre todas as comunidades indígenas do país.

Produzir significa pensar e analisar o existente, mas ir além dele como ideia e práxis, o que só é possível considerando o possível como dimensão ainda não realizada, materializada. Ou seja, produzir é praticar as utopias, analisar as utopias determinadas e as determinações, interesses e práticas que as concebem, promovem, conduzem. É procurar e dialogar com o indeterminado, o que surge como expressão de práticas como possível práxis e não só o que já foi viabilizado, na luta nos espaços de resistências, como também na busca dos espaços da esperança.

(FONTE: http://www.agb.org.br/xvieng/index.php )

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Os trabalhos aceitos dos estudantes do Curso de Geografia (UEVA) no XVI ENG (Encontro Nacional de Geógrafos em Porto Alegre) foram os seguintes:


Alana Cristina Mesquita Albuquerque - PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA COMUNIDADE DO MUCAMBINHO-SOBRAL/CEARÁ

Analine Maria Martins Parente - DINÂMICAS E CONFLITOS TERRITORIAIS NA FEIRA DO APRAZÍVEL - SOBRAL (CE)

Edna da Frota Souza - A PERCEPÇÃO DE NATUREZA E OS PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS DA COMUNIDADE DO MUNCAMBINHO
SOBRAL/CE

Francisca Suinaria dos Reis Oliveira - A CONSTRUÇÃO DA PAISAGEM NA CUESTA DA IBIAPABA: A AÇÃO ANTRÓPICA EM MEIO A PRÁTICA AGRICOLA


Raimunda Riqueli da Silva A MOBILIDADE E A FEIRA DO APRAZÍVEL: TRANSFORMAÇÕES SÓCIO-ESPACIAIS

Valdelúcio Fonseca - OS CLÁSSICOS DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA E A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DE GEOGRAFIA

Acreditamos que a direção do Centro de Ciências Humanas da Universidade dê ajuda de custo, pois, é obrigação! Afinal, a direção do centro tem verbas especificas disponíveis e direcionadas (simplesmente) para a participação do corpo discente em eventos científicos, além de quê, esses trabalhos estão representando a Universidade Estadual Vale do Acaraú num Encontro Nacional e ao mesmo tempo contribuindo na formação dos estudantes. Sendo assim não é justo quê a distribuição dessa verba existente seja singular e unilateral, ela deve está em acesso coletivo, por isso, fica o total apoio e a postagem para ficar em alerta. Parabéns a todos e uma boa apresentação!

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